Mesa diretora do IHGT

15.10.11

Matriz de Santo Antônio - Uma Visão Atual



Um antigo dito popular da cidade de Tiradentes, no século XIX, referia-se às três coisas mais importantes da cidade: A Matriz, O Chafariz e o Comendador Assis. Daí vê-se a importância conferida pela população a esta velha igreja, reconhecida como uma das mais belas e ricas de Minas Gerais.

Construída em taipa, em substituição á antiga capela de madeira, teve início em 1710, quando também se oficializou a Paróquia e se criou a Irmandade do Santíssimo Sacramento responsável pela empreitada da construção.

Entre a construção propriamente dita e a decoração transcorreram-se cerca de 40 anos. A igreja na sua imponência arquitetônica guarda um conjunto de talha do período barroco D. João representado pelos sete retábulos, coro, púlpitos, molduras dos óculos, sobreportas e as paredes da capela-mor com duas grandes telas representando a Santa Ceia e as Bodas de Caná. Grande parte desta decoração deve-se às oficinas dos entalhadores João Ferreira Sampaio e Pedro Monteiro de Souza, este natural da cidade de Braga. Completa os equipamentos religiosos um belo órgão fabricado em Portugal, instalado em caixa entalhada por Salvador de Oliveira e pintado por Manoel Victor de Jesus.

A riqueza da Matriz de Santo Antônio não se restringe a nave e capela mor mas estende-se aos cômodos laterais onde funcionavam as duas sacristias e consistórios das Irmandade sediadas no templo, decoradas com talhas e pinturas de gosto rococó. Ainda deve-se citar o mobiliário de época, a rica prataria e imaginária do templo.

Cem anos após o começo da obra foi refeito o frontispício, numa tentativa de “modernizar” o seu aspecto externo arcaico, tendo sido para isso encomendado um projeto ao Aleijadinho. É nesta época que é feita a portada de pedra sabão e as escadarias do adro em patamares com gradis de pedra. Foi nesta igreja que se casaram os pais do Tiradentes em 1738, onde também foram batizados Frei Veloso (1741) e José Basílio da Gama (1742).

A presente exposição comemora o terceiro centenário de inicio da obra e é constituída pela visão atual dos artistas que nasceram ou vivem em Tiradentes, sendo portanto diversas leituras sobre o mesmo tema. O Instituto Histórico e Geográfico agradece a todos os participantes do evento.

Olinto Rodrigues dos Santos Filho



ARTISTAS PARTICIPANTES:


Airton Ribeiro; Alderico Nascimento; Angela Nunes; Antônio Henrique Rohrmann; Beth Calvalcanti; Celestino; David Smyth; Deborah Engelender; Demóstenes Vargas Filho; Elvis Dias; Expedito Divino; Fátima Moura; Humberto Malaquias; João Batista Canto; Laura Perrella; Lyria Palombino; Luigi Frumenti; Luiz Cruz; Maria José Boaventura; Oliver; Riback; Robert Ballantyne; Ruth PerrellaTony de Castro; Vinícius Rosa Rios; Victor Reynaga.


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