Senhor Prefeito Municipal, José Antônio do Nascimento;
Senhor Vice-Prefeito, Luiz Carlos Barbosa;
Senhor Presidente da Câmara Municipal, Nilton Francisco
Barbosa Junior;
Senhores Vereadores aqui presentes;
Senhor Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de
Tiradentes, Rogério de Almeida;
Senhores e Senhoras integrantes do retrocitado Instituto;
Reverendíssimo Pároco, Pe. Adelmir Sebastião Longatti.
Demais autoridades aqui presentes.
Prezados Senhores e Senhoras presentes a esta cerimônia.
A mim, enquanto membro do Instituto Histórico e Geográfico de Tiradentes, coube-me a honrosa tarefa de
discursar nesta solene sessão, em que que, com muito júbilo, comemoramos o
trigésimo primeiro aniversário de emancipação política desta magnífica cidade,
que há vinte e cinco anos escolhi para ser a minha cidade, e que, no ano de
2013, orgulhosamente, fui escolhido para ser um de seus cidadãos honorários.
Sobre esta importante cidade dentro do cenário artístico, histórico
e cultural, assim se registra a história:
“A Cidade de Tiradentes foi fundada por volta de 1702,
quando os paulistas descobriram ouro nas encostas da Serra de São José, dando
origem a um arraial batizado com o nome de Santo Antônio do Rio das Mortes. O
arraial, posteriormente, passou a ser conhecido como Arraial Velho, para
diferenciá-lo do Arraial Novo do Rio das Mortes, a atual São João del Rei. Em
1718, o arraial foi elevado à vila, com o nome de São José, em homenagem ao
príncipe D. José, futuro Rei de Portugal, passando em 1860, à categoria de cidade.
Durante todo o Século XVIII, a Vila de São José viveu da
exploração de ouro e foi um dos importantes centros produtores de Minas Gerais.
No fim do século XIX, os republicanos redescobrem a esquecida terra de Joaquim
José da Silva Xavier, o "Tiradentes", fazem uma visita cívica à casa
do vigário Toledo, onde se tramou a Inconfidência Mineira. Mas foi o inflamado
Silva Jardim que, de passagem por São José, sugere em seu discurso que o nome
da cidade fosse trocado para o do herói, em lugar de um Rei português. Com a
proclamação da República, por decreto de Número 3 do Governo Provisório do Estado,
datado de 06 de dezembro de 1889, recebe a cidade o atual nome "Cidade e
Município de Tiradentes". Após longos anos de esquecimento, o conjunto
arquitetônico da cidade foi tombado pelo então Serviço do patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (SPHAN), em 20 de abril de 1938, tendo sido, por isso,
conservado quase intacto.
Ainda existem na cidade excelentes exemplares de arquitetura civil do século
XVIII, como o Sobrado Ramalho, nos quatro cantos: o Sobrado do Aimorés Futebol
Clube: na Rua Direita: o Prédio da Prefeitura com suas sacadas de ferro batido
e sótão: a casa Nº 114 da Rua Padre Toledo, com forros pintados, representado
os cinco sentidos; a casa do Largo do Ó, Nº 1 com forros pintados e três casas
com antigas janelas de rótula, na Rua direita.”
Além de uma História que se confunde com a História de nosso
país; além de uma impressionante arquitetura que encanta e desperta paixão em
todos que com ela tem contato, a cidade que ora homenageamos sobressai-se,
nacionalmente, pela sua arte e culinária.
“Em Tiradentes pode-se encontrar artesanato em madeira,
pedra sabão, latão, folha de flandres, tecelagem, prata de boa qualidade e originária de toda
região. Os doces mineiros também podem ser degustados em diversas casas como:
canudo de doce de leite, doce de leite, ambrosia, biscoito de amendoim, pé de
moleque, entre outros. A culinária local preza os pratos mineiros como o feijão
tropeiro, tutu mineiro, frango a molho pardo, frango com "ora pro
nobis" (erva trepadeira com grande teor nutritivo)”.
A dúvida de muitos que visitam esta encantadora e atraente
cidade é a mesma questão que todos nós levantamos: O que mais nos causa
deslumbramento nesta cidade?
Seria a Igreja Matriz de Santo Antônio, construída em 1710,
sendo a segunda igreja em ouro e uma das mais belas construções barrocas do
Brasil. Onde, no seu interior, há um órgão de 1788, que é considerado um dos
quinze mais importantes do mundo?
Seria o Sobrado do Aimorés Futebol Clube, na Rua Direita?
Seria o Prédio da Prefeitura com suas sacadas de ferro
batido e sótão?
Seria a casa Nº 114 da Rua Padre Toledo, com forros
pintados, representado os cinco sentidos?
Seria a casa do Largo do Ó Nº 1 com forros pintados e três
casas com antigas janelas de rótula, na Rua direita?
Seria a Câmara Municipal, localizada próxima à Matriz,
construída em meados do século XVIII, onde era abrigada a administração pública
no período colonial e imperial, hoje chamada de Câmara Municipal de Tiradentes?
Seria a Antiga Cadeia Pública, construída em 1833 e 1845, no
local da velha cadeia incendiada, uma construção austera com janelas de
cantaria protegida por pesadas grades?
Seria a Casa da Cultura, construída no século XVIII, onde se
encontram os microfilmes de 280.000 documentos do acervo do Arquivo Ultramarino
de Portugal e do Brasil Colonial?
Seria a Ponte sobre o Ribeirão Santo Antônio, que possui
duas arcadas romanas, construídas em pedra no final do século XVIII?
Seria o Monumento a Tiradentes, localizado no Largo das
Forras, construído 1892, quando foi celebrado o aniversário da morte do Alferes?
Seria a Capela de Nossa Senhora das Mercês, do final do Século
XVIII, com um único altar multicolorido, pinturas em estilo rococó, cenas
alusivas à Virgem Maria e imagem da padroeira?
Seria a Capela de Nossa Senhora do Rosário, construída em
cantaria (pedra), com três altares de talha de meados do século XVIII e os
santos negros São Benedito, Santo Antônio de Cartagerona?
Seria a Casa do Padre Toledo, hoje transformada em museu,
construída no final do século XVIII, com esquadrias em cantaria lavradas e sete
forros pintados com figuras da mitologia grega, casa onde morreu Padre Toledo,
um dos cabeças da Inconfidência Mineira?
Seria o Santuário da Santíssima Trindade, construída em 18
de outubro de 1822?
Trata-se de questões de difícil resposta, pois tudo acima
descrito nos encanta, nos impressiona e nos remonta a situações distantes e
longínquas, onde quase sempre imaginamos paz, tranquilidade e harmonia.
Por tudo isto, hoje não é um dia comum; é um dia por demais significativo
para todos nós, aqui nascidos, aqui criados, aqui adotados, ou simplesmente por
aqui atraídos em função deste encantamento que faz desta cidade um lugar muito
distinto.
Por isto que, comemorar o trigésimo primeiro aniversário de
emancipação política desta magnífica cidade representa comemorar a arte, a
culinária, a harmonia, a beleza e a história.
Finalizo saudando à
cidade de Tiradentes por esta importante data, e também ao seu maravilhoso povo
e visitantes.
Muito obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário