Texto de Olinto Rodrigues dos Santos Filho
Desenho, à bico de pena, de Tom Maia, 1976, publicado no livro "São João Del Rei
e Tiradentes", Embratur, 1977.
e Tiradentes", Embratur, 1977.
Origens
Nada,
praticamente, se sabe sobre as origens da Capela de Santo Antônio do Canjica,
embora seja fora de dúvida sua ancianidade.
Supõe-se que tenha sido construída logo no princípio do século XVIII, em
zona de mineração. É curioso notar que o “Pasto da Dona Jeny”, onde hoje é o
loteamento “Parque das Abelhas”, aberto em 1980, era uma grande área aberta com
água e montes de cascalho lavado da época da mineração.
No
livro “Ligeiras Memórias sobre a Villa de São José e seu termo nos tempos
coloniais”, de Herculano Veloso, publicado originalmente em 1919, ele cita a
capela: “Há na cidade de Tiradentes, antiga Vila de S. José, ainda hoje no subúrbio
chamado ‘Cangica’ (sic), uma pequena e modesta capela, dedicada a S. Antônio,
tendo havido mais de cem anos atrás, outras duas, sob a invocação desse santo;
ignora-se porém, qual delas foi levantada pelos taubateanos, logo após a
fundação do Arraial”, isso ele diz após citar o capitão José Matoll, que assim
informa: “... formaram todos um arraial a que deram o nome de Santo Antônio
levantando nele uma capela, com a invocação do mesmo santo e neste teve
princípio a primeira freguesia do distrito”.
Em
1919, o historiador diz que houve outras duas capelas dedicadas ao nosso santo
há 100 anos atrás, além da do Canjica. Podemos deduzir que uma seria a original,
no local exato onde está, hoje, a matriz e que seria de madeira, coberta de
palha; a segunda seria uma capela existente na região do Canjica, no pasto da
Dona Jeny, hoje Parque das Abelhas, que o Bispo de Mariana, em 1800, autorizou
sua demolição: “facultou sua Excelência demolir uma de Santo Antônio”. É
tradição que essa capela fosse na área
do Parque das Abelhas, entre a atual quadra poliesportiva e a Capela de
Santa Edwiges. Quando ainda crianças, sempre nos era referido um resto de
alicerce que marcava o lugar da Antiga Capela, infelizmente desfeito com o
loteamento. Contavam também que a imagezinha do oratório da sacristia teria
vindo dessa capela, no ano de 1800. Hoje a imagem está recolhida ao Museu da
Liturgia. Não sabemos a razão da demolição dessa capela há exatos 220 anos, mas
certamente por estar abandonada, já que a mineração exauriu neste local.
A Lenda
Contava-se
que um minerador descobriu uma grande mancha de ouro na região onde está a
Capela de Santo Antônio, tendo montado seu aparelho de mineração onde extraiu
grande quantidade de ouro, com pepitas do tamanho de grãos de milho, com o qual
se fazia a canjica para a alimentação. A canjica atual consta de um caldo feito
com leite adoçado, onde entra amendoim moído e os grãos de milho livres da
casca e bem cozidos, sendo canjica típica das festas invernais ou juninas de
Santo Antônio, São Pedro e São João.
Pois
bem, esse minerador, lá dos primórdios do século XVIII, com a “auri sacra
famis”, esqueceu-se de Deus e não cumpriu a promessa de reservar o ouro para a
construção de uma capela e fez seus escravos trabalhar nos domingos e dias santos
de guarda. Certo dia, por castigo, a sua lavra encheu-se de água, afundando o
aparelho de mineração, os escravos e tudo mais, tendo a lavra transformado-se
na lagoa do Canjica, que bem conhecemos na nossa infância e juventude. Hoje, a
lagoa foi aterrada. A partir dos anos 1970, com a mineração de areia, a Aperana
a assoreou e, depois, propositalmente, a lagoa foi sendo aterrada para a
construção de casas, sem que as autoridades fizessem a menor oposição. No
centro da lagoa, tem hoje uma igreja evangélica e a água da lagoa, por vezes,
se vinga com caudalosas enchentes. Além de um crime ambiental, o aterro da
lagoa foi um crime histórico, pois era a grande referência do bairro, junto com
a capela e o poço.
O Poço do Canjica
Uma
das fortes identidades do Bairro do Canjica, além da Capela de Santo Antônio, é
certamente o Poço do Canjica. De tempos imemoráveis, provavelmente originário
do início do século XVIII, ele localiza-se numa depressão do terreno, ou grota,
próxima à capela. Para acessá-lo, deve-se descer um pequeno barranco, hoje com
escadas revestidas com pedras. O poço sempre foi bem cuidado, pois fornecia
água para a população vizinha e servia às lavadeiras, hoje está quase morto,
sem função. Era um poço de bocal redondo, calçado de pedras e tijolos por
dentro, com o bocal e a bica de cimento, obra feita pela Câmara no início do
século XX. A água límpida saia em um rego para desaguar na extinta Lagoa do
Canjica. Sua área de entorno sempre arborizada ainda permanece. Em 1992, a lei
orgânica tombou essa nascente, sem, contudo, dar a efetiva proteção.
Posteriormente, em 1999, a SAT (Sociedade de Amigos de Tiradentes), em
intervenção equivocada, fechou o poço e pôs uma bomba por cima,
descaracterizando um bem natural e cultural antigo. Nesta época foi feito um
muro de pedra e colocado um portão na área fronteira, que era aberta. Hoje o
poço, quase imperceptível, precisa de restauração, revitalização e cuidados por
parte da municipalidade.
A Capela através do
tempo
A
primeira referência que conhecemos sobre a capela, data de 1800, quando o Bispo
de Mariana, D. Frei Cypriano de S. José, a cita em sua visita pastoral: “a de
Santo Antônio do Canjica”, como está registrado no livro de visitas pastorais
da diocese de Mariana. Logo em seguida, em 1802, contratam matrimônio na capela
dita “Ermida de Santo Antônio do Canjica subúrbios desta vila” José Joaquim de
Azevedo e Balbina Simplícia Teixeira.
Na
visita pastoral de D. Frei José da Santíssima Trindade, em 1824, assim aparece
citada: “tem mais duas Ermidas fora do Arraial de Santo Antônio e S. João Nepomuceno
ambas por acabar e sem licença imperial”.
Durante
a segunda metade do século XIX e primeira do Século XX, aparecem na
documentação da câmara muitas referências à Várzea do Canjica, mas nunca a
capela, além, é claro, da citação, em 1919, de Herculano Veloso. O que dá a
entender que a capela estava fora da Zona Urbana da cidade, às vezes, dito
subúrbio.
Em
1908, o documento em que o fiscal Vicente Ferreira Gomes descreve e determina
como será a capina e limpeza das ruas aparece assim nossa capela: “... daí
segue roçando até a vargem do Canjica até a igreja de Santo Antônio, a concluir
entre as casas de José Coimbra e Antônio Coimbra”. As casas dos Coimbras
(Antônio e José) deveriam ser por trás da Capela, à direita, hoje final da Rua
Francisco Pereiras de Moraes, próximo ao Beco do Curió.
Em
5 de agosto de 1948, concluiu-se uma grande reforma na capela, conforme
inscrição colocada na empena.
A Capela – Arquitetura
A
capela original, dita Ermida, parece que era composta apenas por nave única e
uma sacristia à direita. Se possuía sino, ele seria em uma janela, pois não
havia sineira.
O
frontal era triangular, com óculo e acabamentos em beira seveira; duas janelas
de iluminação; e uma porta central de duas folhas, com três almofadas cada e
abertura de ventilação em trevo. Quando éramos crianças, essas aberturas
serviam para olharmos o Santo Antônio no seu trono.
Externamente,
a sacristia tinha apenas uma porta de acesso. Entre a sacristia e a nave, havia
uma porta de verga arqueada (?) com uma porta da frente original. O piso da
nave e sacristia devia ser de tijoleira de forma quadrada e o presbitério de
assoalho de madeira. O telhado era em duas águas de telhas capa e canal, e a
sacristia em uma água, com beirais de cachorro.
As
soleiras eram de pedras. A capela ficava no meio de um gramado muito verde, com
a cerca que dividia nos fundos e lateral com o pasto da Dona Jeny, em vegetação
arbórea.
A
reforma de 1948
Nesse
ano de 1948, o Padre José Bernardino de Siqueira (1892-1976) resolveu fazer uma
ampla e radical reforma na Capela de Santo Antônio do Canjica, sendo ajudado
pelo casal Francisco Pereira de Morais e Jeny Morais Batista, donos de
comércio, terras e gado, em pasto que confrontava com a capela.
Não
se sabe ao certo se a parede lateral à direita ruiu ou estava muito danificada,
o fato é que foi demolida a taipa e construída parede estreita de tijolos
queimados, aumentando um pouco a largura interna da capela. Entre a pequena
nave e a sacristia, a taipa também foi cortada para abrir um grande vão, onde
anteriormente seria possivelmente havia uma porta. Todo o telhado foi
substituído por telhas do tipo francesa, feitas na Cerâmica Progresso Ltda.,
pertencente a Alberto Paolucci. Em algumas áreas em torno das portas foram
colocados tijolos queimados. Os beirais laterais foram substituídos por
cimalhas de tijolos. Na fachada, a maior alteração foi, certamente, a introdução
de uma torre sineira baixa, com um sino e cúpula de tijolos queimados. A cúpula
é ornamentada com pináculo central em agulha e outros quatro nos ângulos. Foi
colocado um corucheu sobre o cunha, do lado contrário da torre, que ainda tem
um pequeno óculo sob o sino. Foi ainda construído um coro de concreto e
colocados duas janelinhas com caixilho de vidraças fixas. Não se sabe se
existiam janelas originalmente ou só a porta e o óculo. O piso da nave foi
feito em taco, como a sacristia. O presbitério, originalmente de madeira, foi
aterrado e feito de cimento, com ladrilhos hidráulicos branco e vermelhos. Nos
fundos, foi feita uma pequena privada seca, cujo cômodo servia para depósito, guardar
os andores, etc. Nesta obra, a porta original foi mantida, parece que com o
corte da verga curva para introduzir o coro. A porta original tinha as
almofadas superiores curvas, indicando que a porta era arqueada. As soleiras
foram revestidas de cimento, a cruz colocada no acrotério era de ferro forjado
e a pintura externa era em amarelo, com cunhais e relevos em branco, mais ao
gosto eclético que colonial. A pintura interna era rosa com os barrados azuis.
Nesta
obra, foi feito ou mantido um trono em graus escalonados, com altar, banqueta e
degraus para as imagens de Santo Antônio e São João de Deus. Era pintado de
verde, vermelho e purpurina dourada e encostado na parede de fundo. Aos lados
haviam duas peanhas entalhadas, com as imagens de Sant’Ana e Nossa Senhora da
Conceição. Os forros, tanto da nave quanto da sacristia, foram feitos em “lambris”
de pinos, pintados de azul claro.
A
pequena torre era acessada pela sacristia por uma abertura sem vedação, com
escada de cimento liso, assim como o patamar superior. Na torre, além da janela
sineira frontal, levemente arqueada, havia outra abertura lateral à espera de
outro sino. O sino trás a data de 1948 e foi fabricado pela Arens, em Jundiay,
São Paulo. Ao término da obra foi colocada a data inscrita no frontão:
5-8-1948, inscrição hoje retirada.
A
capela permaneceu inalterada nos anos 1950 e 1960, a julgar-se pelas fotos e
como chegou até nós.
Outras reformas e restaurações
Outras reformas e restaurações
Por
volta de 1973/74, Vicentina Ferreira (Naná) promoveu festas e barraquinhas,
além de acordo com o Padre Lourival Salvo Rios (1927-1977) para fazer uma nova reforma na
capela, que, dessa vez, revela-se desastrosa, pois o trono das imagens foi
destruído, ficando apenas o altar de celebração. O crucifixo e as duas imagens
foram colocadas em umas prateleiras de madeira, pintadas de branco.
O
piso de ladrilhos do presbitério foi substituído por um piso de “granitina” cor
de rosa, com cacos de mármore brancos, como o padre havia feito na Capela do
Gaspar e no presbitério da Santíssima Trindade. Os forros foram mantidos de lambris
de pinos, dito frisos, e os tacos da nave e sacristia. A intervenção interna
descaracterizou mais ainda a capela, mas a construção de mureta e a posterior
colocação de grade/ em 1979/1980/ piorou a ambiência da capela, que agora ficou
exprimida entre o loteamento do Parque das Abelhas, de 1980/81, e a casa de
Geraldo Marques, em terreno doado pela prefeitura em 1970, no local onde era
armada a fogueira da Festa de Santo Antônio.
O
gramado verde ficou reduzido e os fundos, com cerca e vegetação, desapareceram
para dar lugar a muros de tijolos de cimento, construídos em 1993.
Nos
anos 1980, a Conferência de São João de Deus assumiu a conservação da capela, tendo
na pessoa de João Rosa e filhos os seus guardiões.
Em
1993, foi reconstruído o telhado da capela com verbas conseguidas pela
Conferência Vicentina, coordenada por João Rosa, e feita nova pintura. Nesta
época, foi também substituídos o portal e folhas da porta principal, que ainda
era a original setencentista. A essa altura, já havia sido feito um pequeno
acréscimo junto à torre com porta e janelinha para estúdio de som das
barraquinhas, onde a Zina do Totonho Padeiro reinava como locutora.
Nos
fundos, foi feito, por essa época, um acréscimo no depósito e novo cômodo para
reunião da Conferência, encostando assim a capela na divisa do terreno.
Para
a obra de 1993, as imagens foram guardadas na Igreja de Nossa Senhora das
Mercês, tendo sido lá roubada uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição,
de 21 centímetros de altura, encontrada por mim em um antiquário de Belo
Horizonte, no dia 22 de dezembro de 1993, cerca de seis meses após o furto. A
imagem se encontra hoje no Museu da Liturgia.
Em
data anterior a 1993, foram construídos dois banheiros nos fundos, à direita da
capela, pela Conferência de São João de Deus.
Ainda
após 1993, os operários do IPHAN, colocaram um novo forro de saia-e-camisa na
nave da Capela.
Em
2003, houve interesse da Associação dos Moradores do Parque das Abelhas em
fazer manutenção da Capela, tendo o IPHAN feito um levantamento de serviços,
que não foram executados. Ao contrário, em 2005, foi apresentado um projeto de
um barracão ou depósito junto à capela, o que não foi aprovado.
Finalmente,
em 2010, com a verba do ICMS Cultural fornecida pela prefeitura, foi feito a
reforma do telhado com colocação de manta térmica, substituição das telhas
francesas por capa e canal novas, substituído o ripamento e feitos acabamentos
nos beirais. O forro de “taquara” da sacristia, em péssimo estado de
conservação, foi substituído por forro de madeira em saia-e-camisa, fornecido
por Evair Rosa. Foi feita a pintura geral da capela, além da substituição do
piso de porcelanato da sacristia (com desenho confuso) por lajotas de cerâmica
industrializadas.
Em
2016, foi solicitada autorização para a reforma do portal, das portas da frente
e da lateral, mas o serviço não foi executado.
Em
2019, o Ministério Público Federal solicitou informações sobre a segurança do
imóvel e seu acervo. Finalmente, neste ano de 2020, se procede nova restauração
e manutenção do imóvel.
Obra
Atual
A
obra atual, prevista para 90 dias a contar do dia 7 de junho de 2020, consta de
substituição do forro da sacristia por novo forro, uma vez que as tábuas do
atual apresentam rachaduras; execução de nova instalação elétrica, com
iluminação externa; restauração das folhas da porta e portal da frente;
substituição de portal e porta da sacristia; colocação de vistas e portais nas
portas novas laterais; execução de ferragens melhores; colocação de forros sob
a laje do coro, para melhor acabamento; substituição do piso do presbitério e
da nave por assoalho de madeira, sendo retirado o mármore rosa e os tacos de
madeira, sendo feito desaterro para a criação de colchão de ventilação, assim
como suspiros nas paredes.
Após
a remoção do piso do presbitério, foram localizados, na parede do fundo da
nave, os orifícios para a introdução do barroteamento do assoalho. Na parede
lateral de taipa, que dá para a sacristia, localizamos furos redondos típicos
da armação da forma ou taipal. Na lateral, à direita, onde a parede foi
substituída por tijolos, localizamos o alicerce de pedra (na largura da taipa
original) e resquícios da taipa. No aterro, com terra vermelha e entulhos,
identificamos cacos de telhas curvas; cacos de telhas francesas; fragmentos de
emboço; pedras; pedaços de lajotas de cerâmica (20x20cm), que certamente era do
piso da nave e sacristia; fragmentos de ladrilho hidráulico vermelho e branco,
retirados em 1974; e uma pedra quadrada.
Ainda
será substituído a esquadria de ferro, tipo basculante, colocada na janela da
torre; os vidros martelados das vidraças da frente; além da caiação dos muros
divisórios; e correção de rebocos internos e externos. Será feita a pintura
geral em branco-neve, cunhais e relevos em ocre, os portais em azul e as folhas
de portas e janelas em vermelho, além dos forros em esmalte branco, ferragens
em preto.
Acervo de bens
Com
a destruição do retábulo e altar da capela, restaram os bens móveis que, na
verdade, são poucos e muito simples.
O
conjunto de imaginária é composto pela imagem do padroeiro, Santo Antônio, com
o menino Jesus na mão e uma cruz. Parece ser obra do século XIX, um tanto
rústico, na sua iconográfica comum: jovem, com a cabeça tonsurada, vestido de
hábito franciscano, trazendo na mão o livro de regra onde se assenta o Menino
Jesus e, na outra mão, a cruz. Tem um resplendor de prata de fatura local. Esta
imagem, um tanto popular e magra, era revestida com paramentos de tecido:
sobrepeliz, capa de asperges, estola e manípulo, como se fosse para a procissão.
Ainda restam algumas peças de roupa. O menino vestia túnica de cetim.
A
outra imagem maior é de São João de Deus (1495-1550), santo português que viveu
na Espanha, foi protetor dos doentes, fundador da Ordem dos Irmãos
Hospitaleiros. Aparece vestido de hábito preto, tendo um cajado curvo e na mão
um coração cravado por uma cruz, símbolo de seu amor a Cristo. Trata-se de
imagem de roca, com cabeça, mãos e pés esculpidos e policromados, muito
rústica, parecendo datar do século XIX.
Um
belo crucifixo, com base em jacarandá entalhada, ponteiras entalhadas e
resplendor de prata, deve datar ainda do século XVIII e, junto, com uma Sant’Ana
de gesso oco, bem antiga, são as peças da capela.
No
Museu da Liturgia estão três pequenas imagens: Nossa Senhora da Conceição, de
22 centímetros, século XVIII, que foi roubada e recuperada; o Santo Antônio do
oratório da Sacristia, obra setecentista de interesse; e uma imagem de roca de
Nossa Senhora que, na igreja, era da Conceição, vestida de túnica branca e capa
azul. Após a restauração, o restaurador a entregou como Nossa Senhora das
Dores, vestida diferente e com uma espada no peito.
Além
destas imagens, ainda permanece na capela duas peanhas torneadas e entalhadas
para a colocação de imagens, pintadas de verde, vermelho e dourado.
Ainda,
no acervo do Museu, estão quatro castiçais de madeira recortada, que eram da banqueta;
dois castiçais de estanho; uma estante de altar, dobrável e pintada de verde e
vermelho; três sacras de 1839; um quadro de registro de santos do século XIX; além
de uma bela cruz processional entalhada, datável de fins do século XVIII,
originalmente de madeira folheada à prata.
Na
capela, ainda pode ser vista uma bela pia de água benta em xisto verde,
entalhada em folhas; e o oratório da sacristia, com as portas com almofadas e
interior pintado. Há, ainda, uma campainha de bronze; o resplendor de prata de
Santo Antônio; alguns suportes de palmas torneados.
Dois
belos ex-votos, hoje no Museu, são os únicos que sobreviveram de uma boa coleção.
O sino, datado de 1848, encontra-se na sineira, em funcionamento. Uma mesa de
cavalete, que era da sacristia e que literalmente foi atirada ao lixo, foi
recuperada na oficina do IPHAN e encontra-se na entrada do Sobrado Ramalho. Um
bonito banco de encosto, com os braços recortados, pereceu no depósito da
capela, por falta de cuidados.
Na
atual obra, serão restauradas as imagens de Santo Antônio, São João de Deus, do
crucifixo e de Sant’Ana, além do oratório da sacristia e das duas peanhas
entalhadas.
Há
que se citar, ainda, uma bela balaustrada torneada em bolachas de gosto
setecentista, colocada no coro em 1948; e uma pia de pedra, a princípio
parecendo de cozinha, que foi puxada por trator por Manoel Eustáquio e colocada
no adro da capela por volta de 1980, quando se fez o loteamento. Hoje,
encontra-se em exposição no pátio do Museu da Liturgia.
As Vestes de Santo
Antônio
A
Imagem de Santo Antônio do Canjica, magra e de talha reduzida, foi feita para
ser paramentada. E assim o foi durante dois séculos. Em época recente, suas
vestes foram retiradas (década de 1980) e abandonadas nas gavetas da igreja.
Ele veste sobrepeliz de linho branco ou cambraia de linho com rendas nas barras
e manga; uma estola branca ou amarela; um manípulo; e uma capa à maneira de
pluvial, como se estivesse vestido para a procissão, embora o manípulo fosse só
usado para a missa. O menino Jesus vestia túnica de cetim, linho ou adamascado,
às vezes um sobre o outro. Na foto de 1948, pode-se ver a imagem paramentada.
Restam algumas roupas do século XX. O São João de Deus, como é de roca, tem que
se ser vestido com uma camisa branca e o hábito preto, preso por cordão.
As Pessoas e a Capela
A
primeira pessoa que cita a capela é o Bispo de Mariana, D. Frei Cypriano de São
José (1743-1817), que exerceu o ministério entre 1798-1817. Este prelado, de
grande pompa, é que cita a Capela do Canjica, em 1800, e autoriza demolir a
outra capela de Santo Antônio. Logo depois, as pessoas que aparecem na capela é
o José Joaquim de Azevedo, que casa com Balbina Simplícia Teixeira, em 1802, na
Capela, dita Ermida. Quem será esse casal? Seriam brancos, pobres, seriam
forros ou escravos? Nada sabemos sobre eles e porque se casaram na Ermida do
Canjica. Na história da capela vai entrar outro bispo, Freio José da Santíssima
Trindade (1762-1835), que governou o bispatado de Mariana, entre 1821 e 1935, tendo
deixado relatos muito completos de suas visitas a todas as igrejas do bispado,
hoje transformado em livro. Ele cita a capela em 1824, dizendo estar por
acabar. Entra nessa história Herculano Veloso (1862-1941), que cita, em 1919,
em seu livro, a capela do Canjica; e o fiscal da Câmara, Vicente Ferreira Gomes,
em sua relação de serviços de limpeza da cidade, em 1908. Vicente Gomes era pai
de Antônio Ferreira Gomes, de Zezinho Gomes e de Dona Maria do Seu José Pedro
do Pilar, bisavô de nosso amigo Reinaldo Noronha. Chegamos então ao padre José
Bernardino de Siqueira (1892-1976), que foi vigário de Tiradentes entre 1923 e
1956 e fez obras em muitas igrejas e que, em 1948, juntamente com Francisco
Pereira de Morais (o chico do Cezário) e Dona Jeny Batista de Morais fizeram
ampla reforma na Capela, como já foi dito.
Nos
anos de 1950/1960, a chave da igreja fica guardada com Olívia de Paiva, que era
a Zeladora da Capela. Pessoa muito boa e querida, Olívia agradava toda a
criançada das redondezas. Nessa época,
até 1970 e pouco, o responsável pela Capela era Zeferino Costa, que promovia as
festas e cuidava de tudo.
Quando
o padre Jair Rodrigues Vale foi embora da paróquia, deixou as imagens das
Igrejas guardadas em casas dos vizinhos, porque, em 1963/64, houveram muitos
roubos nas igrejas da região, como no São Francisco e no Gaspar. As imagens de
Santo Antônio e São João de Deus foram para a casa do Sílvio Nascimento e
Bizica (Juvencina Pereira Barbosa) e os pequenos para a casa da Olívia. A
imagenzinha de roca foi por nós resgatada após a morte de Olívia, em 1981. Hoje
ela se encontra no Museu. Nas imediações morava a Maria do Zé, que ajudava a
Olívia na capela.
Nestes
anos, 1960-1970, a Luzia Ferreira vinha toda terça-feira colocar flores na
capela e rezar os “cinco minutos diante de Santo Antônio” e eu, criança, era
encarregado de subir no altar para colocar as jarras de louça branca e
coloridas com “copos de leite”, quando era época. O trono todo balançava.
Depois da Luzia, a sua irmã, Nana (Vicentina Ferreira), passou a promover a
festa, no início, junto com Zeferino, fazendo barraquinhas, fogueira,
bandeirinhas, arcos de bambu na rua. Vendia-se bolos, canjica, quentão entre
outros quitutes. A Bizica doava uma ceia para ser leiloada no dia da procissão
e festa. Havia o alto falante onde se oferecia música aos namorados ou amigos
mediante ao pagamento de pequena quantia para a igreja. Trabalhou no alto
falante a Terezinha Firmino e, depois, a Zina do Totonho Padeiro, irmã da Lilia
e Celina. Durante muito tempo, Naná promoveu a reforma que demoliu o trono de
Santo Antônio, e fez o presbitério de marmorite rosa, ideia do Padre Lourival
Salvo Rios. Contribuiu para a igreja o soldado Geraldo Marques, e teve grande
papel nas décadas seguintes o João Rosa da Silva, que fez manutenção na capela,
novo forro, substituição de madeirame do telhado, colocou o cruzeiro entre
outros serviços, que seus filhos continuaram. Quando se mudou para o Canjica, o
soldado Sávio Carvalho ajudou a promover festas e serviços. Quando vieram de São Paulo,
o José Peteado e a Marilita, esta tiradentina há muito tempo fora da terra,
assumiram a zeladoria da Capela durante muitos anos, os últimos até a
enfermidade do senhor José Penteado. Poderia falar de muita e muita gente, como
a Regina Conceição e a Tunica, que vinham com colchas e flores de papel
ornamentar os andores, ou o Agostinho Ferreira, que trazia tudo para a missa,
pois na capela não tinha sacrário, cálice, patena, âmbula e galhetas (sô me
lembro de lá ter uma minúscula campainha de bronze onde se dava água para as crianças
que demoravam a falar). Precisamos, ainda, lembrar de outros moradores que,
ultimamente, ajudavam, como a Chica do Mulatão (Francisca Trindade); a Antônia
Chaves, com quem o Padre José Bernardino deixou a chave da capela, quando foi
embora em 1956; a Jeni do Seu Dito; a Maria do Zé; a Malvina, o Galdininho; o
Artur; a Maria; a Bizica; o Seu Curió e a Dona Conceição e, depois, seus
filhos, Orlando e o Curió; a Luzia, com a Dirce e a Lia, esta ainda morando lá;
a Dona Maria do Mulatão, que não saía de casa, mas que colaborava com tudo. Devemos
lembrar também que o Chico Doceiro, quando veio de São Paulo, foi morar na Rua
do Canjica, e pediu que, antes de ser enterrado no Bichinho, seu corpo fosse
velado na Capela do Canjica, como se fez. Na verdade, a Rua do Canjica, quando
não era um bairro, parecia uma grande família, com suas crianças, suas rusgas e
suas delicadezas.
A Festa
A
Festa de Santo Antônio do Canjica era sempre em agosto, dia 15, por tradição,
aniversário natalício do Santo. Era procedida de trezena ou novena com rezas e
o tradicional canto “Santo Antônio Rogai por nós! Jubilosos vos saldamos grande
servo do Senhor, Santo Antônio, nessa vida, sois o nosso protetor”. No dia,
havia missa campal (na porta da igreja). Antes do concílio Vaticano II, a missa
era de manhã e a procissão à tarde. E, nos anos 1970, a missa e procissão passaram
a ser à noite. Antigamente a orquestra e coro se apresentavam na missa e para
isso se montava uma barraca para a música, com lona para proteger do sol.
Na
porta da igreja era montado o altar com as duas imagens (Santo Antônio e São
João de Deus), o crucifixo e quatro castiçais sobre um toldo de lona para fazer
sombra. Na procissão iam as duas imagens, o trajeto era a Rua Francisco Pereira
de Morais, passando pela Alberto Paolucci, Rua Silvio Vasconcellos, Praça das
Mercês, Rua Henrique Diniz, Rua dos Inconfidentes, até, de novo, entrar na Rua
Francisco Pereira de Morais e recolher à Igreja. Quase todo o trajeto era
enfeitado com arcos de bambus e bandeirinhas coloridas, pois não havia
calçamento ou asfalto. Após as novenas, havia música no alto falante e
barraquinhas com canjica, com quentão, bolo, etc. Depois veio o pastel atual.
No dia da festa havia fogos, na véspera, queimava-se fogueira e um animado
leilão de prendas, que vinham em caixas feitas de papelão e enfeitadas com
papel de seda recordado. Bons tempos...
O Resgate do Altar
Um
dos serviços mais significativos para o resgate da memória coletiva, e mais
tocante para nós, os moradores antigos das redondezas, será a restauração,
melhor dizendo, reconstrução do altar e trono de Santo Antônio, que ainda temos
na memória. Demolido na reforma de 1973/74, empreendida pelo Padre Lourival e
Nana Ferreira. A remoção do “altar” sempre incomodou a todos que viveram a
infância na capela, assim como a todos que a visitavam, pois não gostavam de
ver uma imagem de mais de duzentos anos colocada numa prateleira, no início,
agora numa peanha torneada. O altar e trono eram bastante singelos, como provém
a uma capela, toda em marcenaria com a mesa de celebração, banqueta decorada
com lambrequins, e os degraus escalonados, encostados à parede. No último
degrau do trono ficava Santo Antônio, logo abaixo São João de Deus e, na
banqueta, o crucifixo lindíssimo entre quatro castiçais vermelhos, que estão
hoje no Museu da Liturgia. Nas laterais, existem ainda duas peanhas entalhadas
com a imagem de Sant’Ana e de Nossa Senhora da Conceição. A tudo recobria uma
pintura em tons verdes e vermelhos com frisos e acabamentos dourados. No altar,
havia flores circulares e ramos pintados. Na época da demolição, manteve-se
apenas o altar de celebração, mas, posteriormente, também desapareceu. Os
remanescentes do trono ficaram guardados no depósito, na igreja, até serem
totalmente consumidos pelos cupins. Optou-se por reconstruir o altar para dar
melhor ambiência à ermida ou capela, melhor acomodar o acervo das imagens
antigas, dar comodidade às celebrações litúrgicas, resgatando, assim, não só o
patrimônio material, mas, e, principalmente, um patrimônio devocional do nosso
povo tiradentino. Agradeço à prefeitura municipal que aportou recursos do ICMS
Cultural/Fundo Municipal de Cultura, ao Conselho de Políticas Culturais e,
especialmente, ao prefeito José Antônio do Nascimento por ter atendido o nosso
apelo em relação à verba para a reconstrução do altar. Os recursos foram
repassados ao Instituto Histórico e Geográfico de Tiradentes que, por sua vez,
contratou a Empresa Átrio, comandada pelo restaurador Cristiano Felipe Ribeiro,
responsável pela execução da restauração. Que Santo Antônio interceda à Deus
por todos nós.
Festa da Capela do Canjica no ano da reforma e construção da torre, 1948,
notar a ausência do sino, ainda não instalado. Acervo Paróquia de Santo Antônio.
Foto da Capela nos anos de 1950, ainda pintado de amarelo com cunhais brancos.
Notar a data da reforma no frontão.
Foto década de 1970, com a igreja já pintada de branco e os cunhais em cinza.
Arquivo da Plataforma Sylvio Vasconcellos, Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG.
Foto da Capela, 1973, vendo-se a árvore que havia ao lado e a casa, construída em 1970
no lugar onde fazia-se a fogueira. Observar a mureta que, depois, recebeu o gradil.
Capela, 1979, aparecendo à frente Olívia de Paiva, Maria do Zé e Alderico Nascimento
Capela do Canjica em 1979, já com a mureta, foto do Plano de Preservação de Tiradentes,
da Fundação João Pinheiro, 1980.
Fotos da obra do telhado e construção do muro lateral em 1993
fachada, 1999
interior da capela, 1999.
Levantamento arquitetônico da Capela de Santo Antônio do Canjica, 2007, de autoria de André Costa.
Croquis do altar demolido na década de 1970, feitos, respectivamente, por Olinto Rodrigues e Cristiano Felipe Ribeiro.
Imagem do Padroeiro da Capela em madeira policromada, com resplendor de prata
Imagem de roca de São João de Deus, possivelmente do século XIX.
Crucifixo de banqueta, estilo rococó, século XVIII
Imagem de N. S. da Conceição, madeira, séc. XVIII, furtada em 1993 e recuperada logo em seguida.
Imagem de Sant'Ana em gesso oco, séc. XX, em peanha original do séc. XVIII
Nossa S. da Conceição de roca com seu diadema de prata, transformada em N. S. das Dores pelo restaurador.
Imagem de Santo Antônio, original, do séc. XVIII, e oratório da sacristia
ex-votos de Santo Antônio, séc. XIX
fragmento de pintura de ex-voto
conjunto de castiçais de madeira e estanho, hoje no Museu da Liturgia
Cruz processional, estante de altar e sacras de 1839.
quadro de registro de santos, séc. XIX.
sino datado de 1948.
suportes de palma em madeira torneada, procedentes da Capela do Canjica
mesa de cavalete, séc. XIX, procedente da Capela do Canjica
pintura recente, óleo sobre tela, representando a capela, autoria de Evânio
Fachadas e cruzeiro, fotos atuais
início da nova pintura das fachadas e sino
Remoção da camada de cimento sobre a soleira de original
restauração da porta principal
reforma e substituição da porta lateral
demolição do presbitério de granitina e a construção do presbitério de madeira
orifícios quadrados na parede de taipa dos fundos do presbitério,
onde se encaixavam os barrotes do assoalho. E, à direita, orifícios circulares
na parede lateral do presbitério, onde se encaixou a madeira roliça que segurava o taipal ou forma
fundações da parede lateral de taipa, à direita, que foi demolida em 1948,
cujos vestígios foram encontrados na atual intervenção
substituição do forro de saia-e-camisa da sacristia
substituição do piso de taco por assoalho de tábua corrida em peroba rosa
suspiros para a ventilação do assoalho
revestimento da laje do coro por forro de madeira aproveitado da sacristia
Dinho marceneiro que está fazendo o assoalho e o altar para capela, coro e pia de água benta
prospecção na parede do presbitério, onde foram encontrados dois barros,
provavelmente do século XVIII e XIX (a parte mais picotada é a mais antiga)
fragmentos de lajotas de cerâmica de piso, de ladrilho hidráulico do antigo presbitério,
de emboço, telhas e pedras encontrados no aterro do presbitério.
início da restauração das imagens, com teste de limpeza da carnação
vestes da imagem de Santo Antônio, início do séc. XX, que sobreviveram na capela
Santo Antônio, com suas vestes, no dia da festa em 1948
Jornal Estado de Minas, 2009, onde aparece o chefe francês Roland Villard doando seu cachê do Festival de Gastronomia para a pintura da Capela do Canjica.
moças na Festa de Santo Antônio do Canjica, década de 1930, proveniente do
acervo de Dulce Fonseca.
programa da festa de 800 anos do nascimento do Santo Antônio
pia de pedra puxada por trator do Parque das Abelhas para o adro da capela
aspecto atual do altar com as imagens
vista posterior da capela
Poço do Canjica após a reforma de 1999 e o fechamento do bocal do poço
local onde existiu a lagoa do Canjica, hoje ocupado por casario
Bispo Frei Cypriano de São José, que cita pela primeira vez a capela em sua visita pastoral
Bispo Frei José da Santíssima Trindade, que cita a capela em 1824
Herculano Veloso, que cita a capela em seu livro, em 1919.
padre José Bernardino de Siqueira, que promoveu a reforma de 1948
Francisco Pereira de Morais e Jeny Morais Batista, colaboradores na reforma e manutenção da capela
Olívia de Paiva, zeladora da igreja nos anos 1960/70
Pe. Lourival de Salvo Rios e Vicentina Ferreira (Naná) que promoveram a reforma de 1973/74,
quando foi demolido a altar e retirado os ladrilhos hidráulicos do presbitério.
Regina Conceição, que arrumava os andores, e Agostinho Ferreira, que trazia as alfaias
para missas e festas.
Moradores das imediações da capela do Canjica
Antônia Chaves e Joaquim da Milica
Sílvio Nascimento e Bizica
Francisca Trindade (Chica do Mulatão) e Maria Helena Matos, 1999
fotos do arquivo pessoal de Francisca Trindade
fotos do arquivo pessoal de Francisca Trindade
fotos do arquivo pessoal de Francisca Trindade
Irene, Maria (Lia), Jeni do Seu Dito, Expedito e Maria e Curió
Sávio Carvalho e Seu Chico Doceiro
Marilita e José Peteado, zeladores da capela nos últimos anos
Referências Bibliográficas
PAIVA, Rogério Geraldo de. Ruas de Tiradentes: memória hodonímica.
Tiradentes: IHGT, 2019.
PELLEGRINI FILHO, Américo. Turismo Cultural em Tiradentes. São Paulo: Manole, 2000.
PELLEGRINI FILHO, Américo. Turismo Cultural em Tiradentes. São Paulo: Manole, 2000.
SANTOS FILHO, Olinto Rodrigues dos. Guia da Cidade de
Tiradentes: Arte e História. Tiradentes: Edição do Autor, 2012.
SANTOS FILHO, Olinto Rodrigues dos. Tiradentes: Monumentos
preservados. Tiradentes: IHGT, 2015.
TRINDADE, José da Santíssima. Visitas pastorais de Dom Frei
José da Santíssima Trindade (1821-1825). Belo Horizonte: Centro de Estudos
Históricos e Culturais. Fundação João Pinheiro; Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 1998.
VELLOSO, Herculano. Ligeiras Memórias da Vila de São José:
nos tempos coloniais. Tiradentes: IHGT, 2013.
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