20.1.11

Á confreira Geralda



O que passou talvez não se deixe passar pelos sentimentos de seus pares. Muitos dos que aqui estão foram seus acadêmicos, outros tantos, seus colegas na construção do saber coletivo e para outros tantos amigos, família.

De nossa parte. Aprendemos a ver em seu silêncio em sua serenidade a concordância ou o seu contrário quando de reuniões polêmicas que nossos pares aqui nesta sala votaram as posições enquanto grupo.

Como uma flecha, objetiva e coerente, expunha seu ponto de vista. Sempre em tom conciliador se permitia ao debate construtivo.

Das mais novas destes tempos como confreira do IHGT, mas nem por isso menos atuante. Assumiu para si diversas responsabilidades e caminhava para ver concretizado com o cimento de suas mãos grandes obras em nossa Tiradentes. Nossa secretária, integrante do grupo de trabalho dos projetos do BNDES que num porvir transformará nossa cidade.

É certo que seus familiares perderam uma esposa, uma mãe, uma avó. Mas sem egoísmo, também entendem que todos perderam a amiga, a colega, a professora.

Todos perdem com sua morte prematura. Todos. Mas como dizia já Séneca, “Os progressos obtidos por meio do ensino são lentos; já os obtidos por meio de exemplos são mais imediatos e eficazes”. Por certo sua vida é um exemplo a ser seguido, quer seja em família, quer seja como professora, que seja como cidadã e cabe a nós te-la como referência, não por que partiu, mas por que viveu uma vida exemplar e isso é o certo.


Tiradentes, 19 de janeiro de 11. Reunião solene do IHGT. (Carlos A Caprioglio, lido por Rogério Almeida)